Entrevista com a Autora Suzana A. Ribeiro no site Autores SUD Network

                                                                   Suzana A. Ribeiro

                                                                    Autora e Escritora

Informações Básicas 　

1. Nome:  Suzana Argachof Ribeiro.

2. Nome de Autor: Suzana A. Ribeiro. 

3. Local onde mora: Curitiba, Paraná, Brasil.

4. Tipo de escrita: Ficção, romance/aventura mesclados com estilo auto ajuda.

5. Publicações: 

O Elo Forte – uma história contada por quatro gerações

                              Um Sonho Distante – o que existe além da memória

Suzana A. Ribeiro nasceu em São Paulo, Capital, mas cresceu em uma cidade do interior chamada Mogi Guaçu. É de lá que remontam suas lembranças sobre a amiga invisível que a acompanhou durante a infância. Certamente, “Arli” não imaginava que vinte anos mais tarde seria a inspiração de um livro!

Hoje, casada e com duas filhas, Suzana mora em Curitiba, Pr, e estuda Letras. Creio que boas histórias nos enriquecem – diz a autora. Há muitos livros que são verdadeiros tesouros! Sempre admirei autores capazes de envolver e sensibilizar. Espero fazer o mesmo através desta história.

Quando criança, Suzana A. Ribeiro, gostava de criar pequenos livros para sua mãe. Na adolescência, se destacava nas redações e divertia-se escrevendo cartas aos amigos... Além de escrever, a autora gosta de pesquisar sua genealogia e passar tempo com a família.

Sobre sua própria obra, ela comenta: Esta segunda parte é mais romântica, mas a 

série “O Elo Forte” só estará completa com as lutas e conquistas do próximo livro, que 

é narrado por Dérik, e as aventuras de Kathy, no último, quando a bisneta daquele que 

introduziu a história– Pedro, concluirá a mensagem.

Informações pessoais:

9. Algo sobre sua família 

Fui criada por minha mãe, que sempre trabalhou como costureira e é uma pessoa exemplar, extremamente previdente, que consegue economizar quase tudo que ganha e evita todo tipo de desperdício imaginável. Meu pai abandonou a família quando eu tinha 3 anos e minha irmã 9. 

Apesar disso, tive contato com minha avó paterna, que era muito querida. Conheci também minha avó materna, mas ela se foi quando eu tinha 3 anos também, então não me lembro muito bem, e não cheguei a conhecer meus avôs. Mesmo assim, sinto-me ligada a esses antepassados, como se eles fossem parte de minhas raízes e espero conheçê-los e desfrutar de sua companhia após esta vida.

10. Hobbies 

Gosto de assitir filmes engraçados (como desenhos da Disney) com minhas filhas e marido, ou filmes inspiradores com histórias mais sérias. Gosto também de praticar exercícios e caminhar ao ar livre.

11. Profissão 

Escritora, casei-me com 20 anos e nunca trabalhei fora, não tenho exatamente uma carreira , a não ser a de escritora.


12. Curiosidades sobre sua pessoa 

Não sei!


13. Sua área de trabalho (como é sua mesa onde escreve?) 

Temos agora uma escrivaninha na sala, com um notebook.

14. Como você escreve - computador, máquina de escrever, caneta e papel? Tem sempre feito desta forma? O que mudou através dos anos? 

O Elo Forte foi escrito em folhas de papel, já usadas de um lado, que meu marido trouxe do trabalho para mim. Eu tinha a ideia, mas não um computador, e éramos pobres. Ele não queria que eu esquecesse, por isso incentivou que eu usasse as folhas e passasse a limpo depois, no notebook do trabalho que ficava com ele após o expediente. Assim, escrevi e quando terminei começei a digitar (ao mesmo tempo que aprimorava algumas partes) um pouco a cada noite, antes de dormir.

Um Sonho Distante foi escrito em um caderno, e já tínhamos nosso próprio computador quando o digitei, então pude fazê-lo durante o dia, e foi mais rápido. Ainda não sei se meu próximo livro (A Guerra Invisível) será escrito direto no computador, pois me acostumei a criar com papel e caneta!

15. Quais tipos de escrita gostaria de fazer além dos que já fez? Quais planos tem para o futuro? 

Pretedo primeiramente terminar a série de O Elo Forte, mas já tenho várias ideias para os próximos, se eu tivesse mais tempo disponível para ler/escrever já teria muito mais pronto.

Além desse estilo ficção/auto ajuda, quero escrever um livro sobre a história do Brasil, algum dia, incluindo muito mais do que os fatos que são estudados nas escolas. Pretendo abordar um pouco sobre a imagem que é passada do brasileiro que se resume muitas vezes no Carnaval, e não tem nada a ver com a maioria do povo. Por que o cinema brasileiro só foca nas favelas, pobreza e criminosos, quando temos tanta coisa bonita e limpa para mostrar? O lixo que a mídia despeja em nossas casas, através de programas fúteis e inúteis, como BBB e as novelas da rede Globo. A síndrome do “viralatismo” que muitos brasileiros sofrem em relação aos EUA e países da Europa, julgando-se parte de uma nação inferior. A corrupção, contendo uma descrição detalhada dos que já participaram, participam e a impunidade que os protege. Uma tabela contendo todos os impostos que pagamos, quando surgiram e por quem foram implantados. A precariedade do ensino plúbico da maioria das escolas e possíveis soluções, etc. Enfim, será um livro rico em fatos e reflexões sobre nosso país e nosso povo. Mas ainda tenho muito que estudar antes de criá-lo, estimo tê-lo pronto daqui uns 10 ou 12 anos.

16. Diga algo que as pessoas lhe perguntam quando você diz que é um escritor/artista/autor que faz você rir ou lhe deixa pensativo. Como você responde? 

Não me lembro de nada!

Sua história: 

17. Há quanto tempo começou a escrever? O que lhe despertou o desejo da escrita e com que idade? 

Sempre gostei de escrever, às vezes, prefiro me comunicar por escrito, mesmo com quem convivo porque sinto que me expresso melhor. Mas a ideia de criar um livro surgiu em 2008, logo após o nascimento de minha 2ª filha.

18. Conte-nos como conseguiu publicar seu primeiro livro (se possui trabalhos publicados). 

Bom, basicamente procurei por algumas editoras, onde moro (do tipo que você paga para eles prepararem seu livro, não as grandes que geralmente o compram, mas só aceitam trabalhos de autores conhecidos) e escolhi a que parecia mais eficiente e barata. Meu marido brinca que investe nos meus livros pois eles vão o aposentar antes dos 40!

19. Descreva as coisas mais importantes que já aconteceram em sua vida. 

1º Eu nasci! Parece óbvio, mas minha mãe já tinha 42 anos quando engravidou de mim, e foi um parto muito complicado, eu nasci sem respirar, então fizeram as manobras de ressucitamento e foi difícil... tirei notas muito baixas no teste de Apgar, e alguns médicos disseram que provavelmente eu teria problemas mentais devido ao longo período sem respirar. Mas eles se enganaram. Sou muito grata pela chance de não ter morrido ao nascer, por poder viver minha vida na terra e construir minha família eterna.

2º Dois missionários da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ensinaram o evangelho para minha mãe quando eu tinha apenas 5 anos e isso fez toda a diferença na minha vida. Simplesmente não consigo me imaginar sem o evangelho.

3º Conhecer meu marido, casar-me e o nascimento de minhas filhas.

20. Você já teve algum mentor? Algum tipo de exemplo que pôde se espelhar para tornar-se a pessoa que é hoje? 

Não exatamente, mas admiro muito meu marido, que é meu herói. Ele transformou completamente sua vida quando conheceu o evangelho aos 19 anos, serviu fielmente em uma missão de tempo integral e tem sido um pai e marido maravilhoso para nossa família.

Sua carreira atual: 

21. Por que você escreve? O que lhe faz ter o desejo de escrever? O que lhe motiva? O que você deseja que seu trabalho de criação possa fazer? 

De todo coração? Eu espero que meus livros sejam úteis. Que ajudem, inspirem , elevem ou motivem as pessoas a quem eles chegarem. Sinto que há muita maldade e perversão sendo promovidas atualmente disfarçadas de coisas boas, e acho necessário reafirmar nossos valores, e a verdade àqueles que estão perdidos ou confusos. Minha ideia é criar histórias cativantes que possam servir de exemplo.

22. Qual o processo que você utiliza (passos. Exemplo: criação de personagens e plot, viagens e edição)? 

Bom, lembro-me de ter notado o quanto histórias com mundos “paralelos” chamam a atenção das pessoas, então, criei o mundo ou dimensão dos amigos invisíveis, para servir como atrativo, em seguida, bolei uma história que transmitisse a mensagem que eu queria passar, e só então criei os personagens. 

23. Você deixa pessoas lerem ou verem seu trabalho antes de pronto? Por que ou por que não? 

Sim, meu marido é o 1º, minha mãe, sogra, uma amiga e uma professora (de literatura) já leram também, gosto das opiniões de algumas pessoas antes de concluir.

24. Onde você escreve? 

Em casa.

25. Quando você escreve? 

Geralmente durante o dia, quando sobra um tempinho das atividades da casa.

26. O que lhe faz pensar que conseguiu se realizar como escritor/autor/artista? Ou o que pensa que precisa para se realizar desta maneira? 

Acho que estou apenas começando, mas cada vez que encontro alguém que choro ao ler meu livro, ou que vem reclamar que precisa ler o próximo urgente, sinto que estou realizando o que me propous a realizar.

27. Como conseguiu uma editora para suas publicações? Ou costuma publicar por conta própria? 

Como comentei no item 18, foi fácil, o dificil é economizar o suficiente para investir!

28. Quais são seus projetos atuais? Algum em fase de edição que será publicado em breve? 

No momento quero ler um pouco, e me preparar, no ano que vem voltarei a escrever, para continuar a série.

Conselhos à outros: 

29. Quais os conselhos que você daria para autores/artistas iniciantes?

Perseverar, com toda certeza. Essa é uma area de atuação com resultados muito lentos, tenho uma amiga que acha que estará realizada quando finalmente conseguir publicar seu livro, tento explicar que a publicação é só o inicio. 

30. Quais os altos e baixos desta escolha? Então, para quem espera lucratividade imediata, se tornar escritor pode não ser a melhor ideia. Mas acho que não tem preço fazer o que gosta, o que sente ser sua missão/talento.

31. Se você já promoveu apresentações de trabalhos, dia de autógrafos, exposições, quais foram as melhores partes? Até o momento tive 5 eventos para lançar os livros, porque fizemos em outras cidades, além da que moro. O próximo será no mês que vem. Gostei especialmente dos eventos do 2º livro, quando conheci várias pessoas que já tinham lido o 1º, e vieram me contar o quanto gostaram, ou como se sentiram ao ler, isso com certeza foi o que mais gostei. Mas responder às curiosidades também foi bastante interessante e agradável.

32. Se você publica seus trabalhos por conta própria, o que autores/artistas que gostariam de assim o fazer precisam ficar atentos? Vantagens e desvantagens? Sim, apesar de ter as editoras que prepararam meu material, fico com toda parte da divulgação (que é a alma do negócio) então é difícil, se algum dia uma editora grande tiver interesse em meus livros, vou aceitar com certeza.

O Evangelho e você: 

33. Se você escreve para o público SUD, na sua opinião, o que difere de uma literatura normal? 

Na verdade, eu escrevo para todos os públicos, não menciono nossa religião, apenas nossos valores. 

Como você trabalha os padrões do Evangelho nos seus livros? Quais conselhos você daria para pessoas que escrevem livros com visão SUD? 

Por exemplo, o protagonista de O Elo Forte, pretende se divorciar de sua esposa, acha que seu amor/romance acabaram e não vê outra solução, até reencontrar o amigo invisível de sua infância que o ajuda a perceber a amplitude das consequências de seus atos e o ensina a consertar o relacionamento. Em um Sonho Distante, há reflexões sobre adversidade e o valor da família. No próximo livro, A Guerra Invisível, haverá vários exemplos sobre caridade/serviço.

35. Como o Evangelho influenciou sua carreira? 

Ensinando-me o que é certo e o plano do Senhor para nós, isso me faz sentir que tenho algo muito importante a compartilhar.

36. Porque você decidiu trocar o narrador/protagonista a cada livro, se a história é a mesma?

Justamente porque a mensagem principal da série é “seja um elo forte, em sua família” e o fato de o foco passar de uma geração para outra estimula a reflexão sobre o quanto nossas decisões afetam nossa posteridade.

37. Você acredita mesmo que os pulsares (amigos invisíveis) existam?

Da forma como criei, é claro que não. Por isso mesmo, encaixo a obra na categoria ficção. Mas acredito em anjos e principalmente, que pessoas comuns podem se tornar “anjos” ao ajudarem alguém. 

38. E sobre os deja vus que seu personagem apresenta, você acredita que isso ocorra na vida real? 

Sim, eu mesma já tive essa sensação de deja vu diversas vezes. Mas obviamente, não ocorreram por minha amiga invisível ter me adiantado algumas partes da vida, como no caso de meu personagem. Não sei porque isso ocorre, mas acredito que podemos ter lampejos de “memória” de nossa vida pré-mortal e se nos foi concedida uma prévia da experiência terrena, talvez o deja vu seja um reflexo celestial comprovando que não começamos a existir no nascimento, nem deixamos na morte.

39. De onde surgiu a ideia da Montanha dos Pensamentos? 

Isso foi interessante. Eu sonhei com esse lugar, e achei tão incrível que resolvi incluí-lo na história, acabou se tornando parte vital dela.

40. Você acredita que nossas memórias/ experiências possam armazenadas/ eternizadas de alguma forma, como ocorre na Montanha dos Pensamentos?


Sim, em primeiro lugar acredito que após esta vida nossa memória não será mais falha, como agora, então nos lembraremos com todos os detalhes, de tudo que vivemos, sentimos, pensamos, escolhemos e fizemos. Em segundo lugar, gosto de imaginar que temos algo como uma montanha dos pensamentos quando registramos as coisas mais importantes em diários e fotografias, assim poderemos nos “lembrar” e passar adiante pelo menos aquilo que decidimos guardar! E em terceiro lugar, acredito que os relacionamentos familiares podem se tornar eternos através dos convênios e ordenanças dos Templos.

fonte: http://autoressudnetwork.blogspot.com/2011/09/suzana-ribeiro.html